Resolução do Banco Central do Brasil reduziu a meta para a inflação para os anos de 2019 e 2020. A medida – definida pelo Conselho Monetário Nacional – foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira, 30 de junho, e também fixa o intervalo de tolerância.
Segundo a publicação, para o ano de 2019, a meta para a inflação é de 4,25%, com intervalo de tolerância de 1,5% para mais ou para menos. Para 2020, o percentual definido para a inflação de 4%. O intervalo de tolerância é o mesmo do ano anterior.
De acordo com o governo, a mudança na meta visa a avançar, de forma gradual e consistente, na obtenção de taxas de inflação mais baixas para a economia brasileira. A meta para 2017 e para 2018 continua em 4,5%.
Sistema de metas
Adotado a partir de 1999, o sistema foi criado a fim de evitar o risco de retorno da hiperinflação. A proposta é de que o governo se comprometa a trabalhar no sentido de manter a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dentro da meta estabelecida.
O sistema define um limite de tolerância para permitir acomodação de choques que produzam desvios temporários da inflação em relação à meta estabelecida. “A comunicação transparente do Banco Central com o público diminui a incerteza quanto ao futuro da inflação, o que por si só já traz benefícios para a população, além de reduzir a volatilidade dos mercados financeiros”, afirma Eugênio Pacceli Ribeiro, chefe do gabinete do diretor de Política Econômica do BC.
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