Já pensou em monitorar e avaliar as políticas públicas implementadas no Município? Durante esta quinta-feira, 24 de maio, na XXI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o Laboratório de Ação contra a Pobreza Abdul Latif Jameel (J-PAL) apresentou alternativas para que o Município possa monitorar e fazer uma avaliação dos recursos públicos utilizados.
Para a consultora da área da saúde da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Carla Albert, a ação pode ser implementada em diversas áreas, como Educação, Saúde e Assistência Social. “Isso permite que os Municípios monitorem a qualidade da saúde, o deslocamento da frota de carros e como as ações possibilitam a economia de recursos. Ou seja, acompanha o que estão aplicando, no que estão aplicando e se estão gastando bem”, disse.
A prefeitura de Belém do Pará (MG) implementou um sistema de monitoramento no Município. Através de um georreferenciamento da cidade, o prefeito Elias Diniz consegue acompanhar o cidadão de uma forma geral dentro da utilização das estruturas municipais. “Implementamos softwares que envolvem saúde, educação, infraestrutura e as políticas públicas de uma forma geral. O resultado disso foi justamente, no caso da saúde, fazer com que o sistema evite o retrabalho. Quando temos esses dados e informações, trabalhamos de forma preventiva”, disse.
O acompanhamento dessas ações é feito na palma da mão. Através de aplicativos, o prefeito tem acesso a tudo o que acontece no Município, podendo, assim, enviar um reforço a mais para auxiliar no atendimento em alguma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), por exemplo, ou monitorando as rotas dos carros da prefeitura. “Para dar atenção a esse projeto, tivemos que trabalhar bases tecnológicas. Temos condições de enxergar e ter um radar dentro da cidade”.
Os cidadãos também podem participar de forma simples e rápida. De acordo com o prefeito, se alguém encontra um buraco na rua, por exemplo, basta fotografar e enviar para a prefeitura através do aplicativo. Imediatamente a prefeitura pode promover as medidas cabíveis, informando o cidadão quando o problema for solucionado. “A economia gerada para o Município chega a R$ 2 milhões por ano, resultando em R$ 8 milhões ao fim do meu mandato”, finalizou.