Portaria publicada nesta terça (2), data em que programa completa mil dias, aumenta espectro de atendimento a mais 420 mil crianças vulneráveis
Brasília – A partir desta terça-feira (2), 420 mil crianças em vulnerabilidade social poderão ser incluídas no Programa Criança Feliz, além das 3 milhões que atualmente já são elegíveis ao programa. Por meio de
portaria publicada no Diário Oficial da União, o Ministério da Cidadania autoriza os municípios a incluírem crianças do Cadastro Único como prioridade no atendimento. Até então, só poderiam participar aquelas que fazem parte do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A nova regra passa a valer na data em que o programa, criado em 5 de outubro de 2016, completa mil dias. Atualmente, 678 mil crianças de todo o País são atendidas pelos mais de 18 mil visitadores domiciliares que fazem parte do Criança Feliz. Eles orientam as famílias semanalmente como estimular o desenvolvimento infantil até os três anos de idade e até os seis anos, daquelas com deficiência. As gestantes também recebem atendimento.
“Muitas vezes, em um mesmo bairro, há famílias que são beneficiárias do Bolsa Família e outras não, mas o nível de pobreza e de vulnerabilidade são muito semelhantes”, explica a secretária Nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano do Ministério da Cidadania, Ely Harasawa.
Beneficiária do Bolsa Família, Paula Andressa Silva mora em Morrinhos (GO) e teve atendimento pelo programa para a Iracema, hoje com 4 anos, e para a Paolla, de 2 anos. Ela conta como seu ambiente familiar mudou após receber a visitadora do Criança Feliz. “Ela me ensinou a brincar com as minhas crianças. Por causa do dia a dia, andava muito ocupada e não estava tirando tempo para elas. A visitadora me ensinou como não ficar mais nervosa com as meninas como antigamente”, disse a mãe.
“Essa data que comemora mil dias do programa Criança Feliz mostra que estamos no caminho certo, os esforços estão corretos e os resultados estão sendo alcançados”, diz o secretário Especial de Desenvolvimento Social, Lelo Coimbra. Para ele, a inclusão de crianças do Cadastro Único é uma forma de apoiar as famílias a saírem da vulnerabilidade social. “Queremos que todas as crianças brasileiras filhas de famílias do Bolsa Família, do Cadastro Único, ou com algum tipo de deficiência, possam ser atendidas por um programa de sucesso, premiado internacionalmente e requerido e aprovado em todo o Brasil”, afirma.
O Criança Feliz é um programa que integra as áreas da Saúde, Assistência Social, Educação, Justiça, Cultura e Direitos Humanos. Até o momento, 2.623 municípios aderiram ao programa. No total, mais de 16,8 milhões de visitadas domiciliares foram realizadas e mais de 678 mil crianças e gestantes foram atendidas.
Saiba Mais
O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal é um instrumento que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, permitindo que o governo conheça melhor a realidade socioeconômica dessa população. A ferramenta possibilita o acesso a diversos programas sociais e reúne informações das famílias com renda per capita de até meio salário mínimo ou renda total familiar de até três salários mínimos.